Meu Palco É Um Parapeito

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Merdas acontecem. Isso é fato.
O que define o estrago da merda é a sua reação quando ela acontece.
Normalmente eu surto. Pode me imaginar como aquele cara num parapeito de um prédio, com uma camisa horrível gritando que deu tudo errado que não vale mais a pena viver. São 5, 10, 15 minutos de surto que realmente não mereciam todo o estardalhaço. Ainda mais quando você está vestindo uma camisa horrível.
Meu Deus, o drama. Dizem que é coisa de leonino, ainda mais quando você é nascido no dia 04, a numerologia reforça este quadro dramático, mais ainda quando se é a irmã mais velha, e quando o amor por gatos felinos e gatos humanos é latente.
Enfim, a vida é uma loucura de altos e baixos, e não existem parapeitos suficientes para tantos “Chega Eu Não Aguento Mais”, porque no final, eu aguento. Sempre aguentei.
E se algum dia você me ver num parapeito de um prédio chique, me jogue uma camisa linda de grife, um batom Rubi Woo, posicione estrategicamente na janela mais próxima um moço de cabelos esvoaçantes tocando Blackbird do Paul McCartney no violão, chame os bombeiros, meus amigos e aquela menina imbecil da 3° Série que eu odiava (crianças odeiam, sim), quero uma cama elástica, quero alguém gritando We Are The Champions no meio da avenida, faça um cara loiro me pedir perdão por tudo, pode ser qualquer um, a licença poética permite. Faça um show. Entre na minha vibe, porque tanto você quanto eu sabemos que eu nunca saltaria dali.

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