Você ficou com aquela frase na cabeça, a frase do filme da Amelie Poulain, “Uma mulher sem amor é como uma flor sem sol, murcha.”
Você achou que ia murchar e cair seca, opaca, estalando cada pedacinho do corpo ressequido sobre o chão frio e sólido.
Chegou a acreditar que iria embrutecer e tornar amargo o que era doce. E nada mudou, não é mesmo?
Você ainda consegue ver as cores quentes e na sua boca ainda existe um gosto doce e suave.
Ainda acredita que um abraço é um dos gestos mais lindos entre duas pessoas, mesmo que esse abraço não seja seu.
Você vê amor por onde você anda, sente amor nas flores, nos casais apaixonados e nos músicos que tocam nas ruas.
Você não murchou nem embruteceu. Você floresceu, menina. Tudo isso porque aí dentro o sol nunca foi embora.