Talvez precisasse ser assim, com todos os encontros e desencontros.
Talvez o tempo no relógio tivesse que passar, e os dias, esses teriam que voar.
Talvez a gente já soubesse e fingia não saber. E por fingir não saber, tudo ficasse mais suportável. Não saber faz parecer que nunca vai existir uma última vez.
Não saber faz com que seja só mais uma hora, mais um dia.
A gente não se despede direito, diz que vai marcar e nunca marca, porque talvez a gente acredite tanto nisso que acaba sendo o suficiente, sempre vai existir uma outra chance, é sempre talvez.
É o suficente pra matar um dia após o outro, pra continuar dizendo “talvez”.
Talvez precisasse ser assim pra entender que isso já não é o suficiente.